Sem pacificação, não há futuro: um apelo por diálogo na UnB e por justiça aos inocentes do 8 de janeiro
- Thiago Manzoni
- 8 de abr.
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A falta de diálogo na Universidade de Brasília e a necessidade de anistia aos presos políticos do 8 de janeiro foram os dois temas centrais que abordei nesta terça-feira (8), na tribuna da Câmara Legislativa.

Contei que, na última sexta-feira (4), recebi da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) o alerta de que havia risco de confronto violento durante um ato de estudantes na UnB. Segundo as informações repassadas, havia grupos de outro espectro político preparados com facas e barras de ferro. Por orientação da SSP, desmobilizei jovens que iam participar do ato na universidade e busquei, desde então, agendar uma reunião entre os estudantes, a reitoria e a Secretaria. Mas, até hoje, a UnB não me atendeu — mesmo depois de diversas tentativas, inclusive com a ajuda do deputado Gabriel Magno.
O que os alunos desejam é simples: liberdade para debater ideias em um ambiente seguro. É lamentável que a universidade, que já foi acolhida por esta Casa em momentos difíceis, se feche agora ao diálogo com quem busca ajudar. Reforcei meu apelo público para que a reitoria nos receba.
Na sequência, comentei a entrevista do ex-ministro Aldo Rebelo, que reconheceu que não houve tentativa de golpe em 8 de janeiro. Ele mesmo afirmou que a anistia não se trata de justiça, mas de um gesto político e humanitário. A pacificação nacional só será possível se esses brasileiros forem libertados. Não há como avançar enquanto houver inocentes presos e famílias destruídas. O povo brasileiro já entendeu isso. A prova foi a enorme manifestação na Avenida Paulista, no último domingo, em defesa da anistia. Centenas de milhares de pessoas clamaram por justiça, liberdade e reconciliação.
Parabéns pelo trabalho!