Um golpe de estado feito às pressas sem a concordância da maior parte da sociedade. É disso que se trata o 15/11/1889, data em que se comemora a “Proclamação da República”.
O que você aprendeu na escola sobre essa data não condiz exatamente com o que aconteceu.
A Proclamação da República Brasileira foi um golpe de estado ocorrido em 15 de novembro de 1889, que encerrou a monarquia constitucional parlamentarista do Império e instaurou a forma republicana presidencialista de governo no Brasil.
Foi tudo feito às pressas e sem apoio de grande parte dos militares (e do povo). Em 15/11, o marechal Manuel Deodoro da Fonseca fez a “proclamação”. Ele teve um ataque de dispneia naquele dia e foi retirado da cama para comandar o cerco ao Ministério. Fonte: Folha online
D. Pedro II estava em seu palácio em Petrópolis. Como ninguém queria levar o telegrama com a notícia ao Imperador, o major Sólon Ribeiro foi ao encontro dele. Os republicanos lhe deram apenas 24 horas para que deixasse o país. A família real partiu no dia 17 de novembro.
Diante das polêmicas envolvendo a “proclamação”, os republicanos prometeram um plebiscito para que a população decidisse sobre a forma de governo. Não cumpriram. O plebiscito só aconteceu 104 anos depois, em 1993, quando ninguém mais se lembrava como era viver sob uma monarquia.
Assim que tomaram o poder, os republicanos tentaram criar novos símbolos. Criaram um concurso para escolher um novo hino nacional. Os vencedores foram José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque e Leopoldo Miguez. A estratégia não funcionou e o hino transformou-se em “hino da proclamação”. No início, a bandeira republicana parecia com a dos Estados Unidos. Ela teve vida curta: durou apenas de 15 a 19 de novembro.
Embora muitos livros sugiram isso, a República não nasceu de forma “inevitável”. Não foi uma consequência natural da “evolução” da sociedade. A verdade é que não havia uma maioria republicana no país. Apesar disso,houve um golpe liderado por militares para acabar com a monarquia.
