A nova bandeira do governo Lula é defender a reintrodução do imposto sindical obrigatório
Na sessão ordinária da Câmara Legislativa desta terça-feira (22), o Deputado Thiago Manzoni discursou sobre o imposto sindical obrigatório. A possibilidade de retorno ao arcabouço jurídico nacional do chamado imposto sindical afetará todos os trabalhadores.
Em seu discurso na tribuna, Manzoni disse que a reintrodução do imposto sindical é, na verdade, uma tentativa da esquerda de retomar as ruas.
"A torneira do imposto sindical secou e as ruas foram deixadas de lado porque não havia mais dinheiro para financiar manifestações de pessoas que iam para as ruas com dinheiro da CUT, ou de outras organizações sindicais".
Segundo o parlamentar, corre um "rio de dinheiro" para essas organizações e desde 2017, quando a reforma trabalhista fez com que esse imposto deixasse de existir, a arrecadação caiu muito.
"Só a arrecadação da CUT, que caiu 99,6%, de 62,2 milhões de reais por ano, para 274 mil reais. Por que essa queda ocorre? Porque na maioria das vezes, essas entidades não representam absolutamente ninguém e ninguém contribui com elas voluntariamente", explicou.
Com o retorno da contribuição, o trabalhador será obrigado a entregar parte do seu salário para essas entidades, sendo que agora o valor cobrado será ainda maior.
"Pode ser até 1% do ganho do trabalhador. É lamentável que isso esteja acontecendo e com a finalidade político-eleitoral, de fazer a população acreditar que os movimentos de esquerda, os ditos movimentos sociais, ainda conseguem se organizar. Não conseguem e precisam desse dinheiro para mobilizar as pessoas".
Manzoni encerrou sua fala apelando para os parlamentares do Congresso Nacional.
"Espero que isso não progrida na Câmara dos Deputados e no Senado Federal e que o trabalhador brasileiro e brasiliense se veja livre, como de fato ele é livre hoje, desse imposto sindical".
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